domingo, 13 de novembro de 2011

O que é um AVC (acidente vascular cerebral) ou derrame cerebral

O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, ocorre em todas as faixas etárias, ambos os sexos, e em todos os países. O AVC pode até ocorrer até antes do nascimento, quando o feto ainda está no útero.

Geralmente o AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo ao cérebro pára em decorrência de bloqueio por um coágulo. Quando isso acontece, as células do cérebro na área começam a morrer.
Algumas células do cérebro morrem porque param de receber oxigênio e nutrientes que precisam para funcionar. Outras células morrem porque foram danificadas pelo sangramento súbito dentro ou ao redor do cérebro. As células do cérebro que não morrem imediatamente em um AVC continuam sob o risco de morrer. Com o atendimento rápido essas células podem ser salvas.

Estão disponíveis novos tratamentos que diminuem consideravelmente os danos causados por um AVC. Ainda assim, o paciente precisa chegar ao hospital o mais rápido possível depois do começo dos sintomas para prevenir incapacitações. Ao identificar os sinais de AVC, chame uma ambulância imediatamente.
Há dois tipos de AVC. O tipo mais comum é chamado derrame cerebral isquêmico. Ele é responsável por aproximadamente 80% de todos os derrames cerebrais. O derrame cerebral isquêmico é causado por um coágulo que bloqueia um vaso sanguíneo no cérebro. Os bloqueios que causam derrame cerebral isquêmico geralmente derivam dessas três condições médicas:



* Formação de coágulo dentro de um vaso sanguíneo do cérebro ou pescoço, chamada trombose.


* Movimentação do coágulo de outra parte do corpo, como o coração, até o pescoço ou cérebro, chamada embolia.


* Estreitamento severo de uma artéria no cérebro ou que leva sangue a ele, chamado estenose.




O outro tipo de AVC é chamado derrame cerebral hemorrágico. Esse tipo de AVC é causado por um vaso sanguíneo que rompe e sangra dentro do cérebro. Uma causa comum de derrame cerebral hemorrágico é um aneurisma com sangramento. O aneurisma é um local fraco ou fino na parede da artéria. Como o tempo esses locais fracos estiram devido à pressão alta. As paredes finas desses aneurismas podem romper e jogar sangue no espaço ao redor das células do cérebro.

As paredes das artérias também podem romper porque ficam cobertas com depósitos de gordura chamados placas, eventualmente perdendo sua elasticidade e ficando frágeis, finas e mais propensas a romper. Hipertensão, ou pressão alta, eleva o risco de que uma parede arterial enfraquecida rompa e libere sangue no tecido cerebral ao redor.
Os danos de um AVC no cérebro afetam todo o corpo, resultando em incapacitações leves ou graves. Essas incapacitações podem incluir paralisia, problemas com raciocínio, dificuldade de falar, e problemas emocionais.

Uma incapacitação comum decorrente de AVC é a paralisia completa de um lado do corpo, chamada hemiplegia. Uma incapacitação relacionada, que não é tão debilitante quanto a paralisia, é a fraqueza em um lado do corpo, chamada hemiparesia. A paralisia ou enfraquecimento pode afetar somente a face, um braço ou uma perna, ou pode afetar um lado inteiro do corpo e a face.
O paciente com AVC pode ter problemas com atividades cotidianas simples, como caminhar, vestir, comer e usar o banheiro. Problemas de movimentação podem resultar de dano à parte do cérebro que controla o equilíbrio e coordenação. Alguns pacientes com AVC também têm problema para engolir, chamado disfagia.
O AVC também pode causar problemas com o raciocínio, atenção, aprendizado, julgamento e memória.
Vítimas de AVC freqüentemente têm problema para falar ou compreender a fala. Esse problema é chamado afasia e geralmente ocorre em conjunto com problemas similares de escrita e leitura. Na maioria das pessoas, os problemas com a linguagem resultam de dano ao hemisfério esquerdo do cérebro. Fala enrolada decorrente de fraqueza ou falta de coordenação dos músculos envolvidos na fala é chamada disartria e não é problema com a linguagem. A disartria pode ser decorrente de dano a qualquer lado do cérebro.
AVC também pode ocasionar problemas emocionais. Pacientes com AVC podem ter dificuldade de controlar suas emoções e podem expressar emoções inapropriadas em certas situações. A depressão ocorre em muitos pacientes que sofreram AVC.
Depressão após AVC pode ser mais do que uma tristeza geral resultando do incidente do derrame cerebral. Ela é um problema comportamental que pode prejudicar a recuperação e reabilitação, e pode até resultar em suicídio. A depressão após AVC é tratada como qualquer outra, com remédios antidepressivos e terapia.
Pacientes de AVC podem experimentar dor, falta de sensibilidade, ou sensações estranhas. Essas sensações podem ser decorrentes de muitos fatores. Um tipo incomum de dor decorrente de AVC é chamada síndrome da dor central, a qual é decorrente de dano em uma área chamada tálamo. A dor é uma mistura de sensações, incluindo frio e calor, queimação, formigamento, picadas, etc.

Créditos:




Tradução: copyright © 2009 por Helio Augusto Ferreira Fontes

Texto: National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS)

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